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Tirantes
Tirantes são elementos lineares capazes de transmitir esforços de tração entre suas extremidades, de forma que uma de suas extremidades fica fora do terreno ligado a estrutura pela cabeça de ancoragem e a outra extremidade que fica enterrada, é designada por trecho ancorado ou bulbo de ancoragem, que tem a função de transmitir as cargas para solo.
Entre a cabeça de ancoragem e o bulbo de ancoragem existe o trecho livre efetivo de alongamento.
Distinguem-se dois tipos de tirantes:
Quanto ao tempo de uso
Cabe ao incorporador ou proprietário a definição do caráter da obra, quanto a ser de um tipo ou outro.
Quanto a sua estrutura:
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Tirantes com armação múltipla, podem ser com fios ou cordoalhas, nos tipos apresentados a seguir:
» Fios podem ser:
CP145 RB, CP150 RB, CP170 RB e CP175 RB, encontrados no mercado nos diâmetros: 4, 5, 6, 7, 8 e 9 mm
» Cordoalhas podem ser:
3 fios CP190RB, nos diâmetros: 6,5 – 7,6 – 8,8 – 9,6 e 11,1mm
7 fios CP190RB nos diâmetros: 9,5 – 12,7 e 15,2mm
Para os tirantes executados em monobarra, a estrutura possui as seguintes características:
» Diâmetro das barras variando de 22 a 100mm
» Carregamentos:
• Provisórios variando de 230kN a 1170kN
• Permanentes variando de 200kN a 1000kN
Perfuração
Perfurar no comprimento de projeto, com diâmetro da ferramenta de 75mm, que resulta em diâmetro acabado superior. Garantir a estabilidade da parede durante a perfuração, pelo uso de água limpa, lamas ou revestimento metálico provisório, ou ainda perfuração com ferramenta helicoidal, a seco.
Instrução de execução
Atividades:
• Procedimento executivo e atividade;
• Montagem;
• Locação e perfuração
• Injeção e Instalação
• Protensão
Procedimento executivo e atividades
• Perfuração, preparo e montagem
• Instalação da armação e injeção de bainha
• Injeção no comprimento de ancoragem
• Ensaio de arrancamento e incorporação da carga
• Execução da Cabeça
Montagem
A montagem é feita obedecendo as premissas exigidas em projeto no que tange a estrutura (quantidade de barras, fio ou cordoalhas), comprimento livre e ancorado e proteção contra corrosão.
• Desenrolar os elementos de tração recebidos em rolos esticando-os, ou receber as barras retilíneas já cortadas. Este material deve ser armazenado em local isolado do solo e coberto;
• Cortar os elementos de tração conforme projeto;
• Executar a proteção anti-corrosiva, instalar o espaguete no trecho livre dos elementos de tração;
• Montar na barra de PVC, após perfurada, as válvulas manchete a cada metro, no trecho ancorado;
• Com o elemento de tração e PVC preparados, é iniciado a montagem, colocando os espaçadores necessários;
• Armazenar o conjunto montado em local coberto e isolado do solo, protegidos contra danos.
Locação e perfuração
Deve ser executada por perfuratriz rotativa em solo ou rotopercussiva em rocha com diâmetro e comprimento definido em projeto, podendo ser com circulação de água, lama estabilizante ou ar comprimido, com ou sem revestimento recuperado.
• A locação deverá ser feita por topógrafo, a cargo do cliente;
• Definir o sistema de perfuração, rotativo com circulação de água, rotativo com trado ou rotopercussivo (martelo pneumático). Esta definição vai depender do tipo de solo a ser perfurado;
• Instalação do equipamento junto ao ponto de perfuração, com a inclinação e direção de modo a atender ao projeto;
• Perfuração com observação das camadas atravessadas;
• Preenchimento do boletim de perfuração.
Instalação e injeção
As protensões devem ser feitas com a utilização de células de carga, normalmente hidráulicas devidamente calibradas, compatíveis com as cargas de teste dos tirantes.
O ensaio dos tirantes deverá atender aos requisitos da NBR 5629/1996, tabela 2 – Cargas a serem aplicadas no ensaio de recebimento, sendo a reação dada contra a própria estrutura ou através de vigas de concreto ou metálica.
• A Protensão só deve ocorrer, 7 (sete) dias após a injeção de calda de cimento nas manchetes, ou de acordo com a norma NBR 5629, caso seja utilizado cimento CPII ou CPIII, para o caso de cimento de alta resistência inicial (ARI), esse tempo pode ser reduzido para 3 (três) dias;
• Montagem do conjunto de ancoragem em cada tirante;
• Execução de ensaio de tração (carregamento e descarregamento), e incorporação da carga de trabalho;
• Preenchimento do boletim do ensaio;
• Injeção de calda de cimento na cabeça;
• Proteção da cabeça (por conta do cliente).
OBS – Caso o tirante não suporte o ensaio, comece a se deformar, nova injeção deverá proceder nas manchetes e novo ensaio de tração e incorporação deverá ser feito, após tempo de cura do cimento.
Preparo da cabeça de proteção
Esta proteção é obrigatória para o caso de tirantes permanentes. O preparo da cabeça de proteção é feita com a instalação de dois tubos de injeção antes da concretagem do bloco.
Após a concretagem do bloco, injeta-se calda de cimento por um dos tubos até que ela saia pelo segundo tubo, eliminando-se dessa forma eventuais falhas de concretagem.
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